FORUMDOC-BH 2010
mostra do filme documentário e etnográfico



“Abre-te, ouvido, para os sons do mundo. Abre-te, ouvido, para os sons da vida”
“Agora, nada faço além de ouvir… Ouço todos os sons que correm juntos, combinados que se fundem ou se sucedem sons da cidade e de fora da cidade, sons do dia e da noite” (Walt Whitman , Songs of Myself)

Em sua 6a edição, a oficina de realização audiovisual do forumdoc.bh será dedicada à captação de áudio e desenho de som no cinema documentário. Durante uma semana, os participantes são convidados a pensar o som (e o silêncio) como pensamento e linguagem dotada de características próprias, como aquilo que se revela e significa fora do quadro, conferindo novas camadas de sentido à imagem com a qual dialoga. A oficina tem, também, como objetivo, apresentar diferentes processos de captação e suas adversidades, equipamentos, e técnicas através de exercícios de campo e audição do material, assim como a apresentação de trechos de filmes que possuem projetos sonoros que dialogam com a proposta da oficina.

A oficina será ministrada pelo diretor, roteirista e técnico de som formado em Cinema e Vídeo pela Academie de Beaux Arts de Bruxelas, na Bélgica Nicolas Hallet, e pela diretora e técnica de som Simone Dourado. Simone e Hallet ministram cursos de desenho e captação de som desde 1999 e têm trabalhado em diversos curtas e longas em todo o país.



Som Direto de

"O Som ao Redor"
novo longa de Kleber Mendonça Filho - Recife










Festival de cinema de Triunfo 2011
Melhor Som de para CAFÉ AURORA – de Pablo Polo (PE)
Som Direto da
"A coleção invisível"
Longa-metragem de Bernard Attal



"A Descoberta"




fotos still do filme "A descoberta" de Ernesto Molineri


http://www.facebook.com/media/set/?set=a.254043327948037.68960.100000271148813

Melhor Fotografia de Nicolas Hallet foi concedido a "Carreto", de Marília Hughes e Cláudio Marques

17º Vitória Cine Vídeo, 2010




Email: cinenic@uol.com.br
nicfilmes@hotmail.com
Caderno 2 do Jornal A tarde de 21 de dezembro de 2009









"Azul" de Eric Laurence - Prêmio de Melhor Som no festival de Brasília 2009










"Ave Maria ou mãe dos sertanejos" de Camilo Cavalcante - Prêmio de Melhor Som e melhor curta em 35mm no festival de Brasília 2009
Noite de "Carreto"


42º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro
" Carreto" Fotografia
"Filhos de João" Som Direto
"Ave Maria ou mãe dos sertanejos" Som Direto- Prêmio de melhor Som
"Azul" Som direto- Prêmio de melhor Som


TROFÉU CANDANGO
MELHOR SOM – NICOLAS HALLET POR “AVE MARIA OU A MÃE DOS SERTANEJOS" de Camilo Cavalcante” E “AZUL” de Eric Laurence





Fotografia de "CARRETO"










Equipamentos:



  • Gravador HD de alta resolução Sound Devices 788T, de 8 canais e gerador de Timecode.

  • Gravador HD de alta resolução Sound Devices 744T, de 4 canais e gerador de Timecode.

  • 2 Mixer Sound Devices 302

  • Microfones shotguns curtos e longos, Hiper-cardioides, cardioides, da sennheiser, Sanken, Neumann, Schoeps.

  • Microfones sem fio proficional Audio Limited , Com microfones lapela Tram, Sanken

  • Microfones sem fio Sennheiser, Com microfones lapela DPA, Sanken

  • Boom sem fio.

  • Camera Panasonic HPX 170 cartão P2.

  • HMI joker 400 watts (3)

  • fresnel 300, 600, 1000 watts






"Nego Fugido"
Fotografia de Nicolas Hallet






Filmagem de "Dawson Isla10" de Miguel Littín
























 Fotografia de "Xukuru"





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“No Rastro do Camaleão” de Eric Laurence






Oficinas de captação de áudio e Desenho de som,
coordenada pelo CANNE, nas cidades de Recife, Aracaju, Natal, João Pessoa, Fortaleza, Maceio,Teresina, São Luis, Porto Velho, Boa Vista, Rio Branco, Belém e Salvador


Natal


Aracaju


Aracaju




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Fotografia de " Cantador de chula"




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Engenheiro de som do CD “ Forro Acustico vol.1 e vol.2 ”
gravado no Nordeste brasileiro



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Fotografia de "Batatinha, Poeta do samba"








FESTIVAL 5 MINUTOS

"CARRO DE BOI" FOI O GRANDE  VENCEDOR DO FESTIVAL 5 MINUTOS

dezembro de 2007


O SIGNO NO FILME ETNOGRÁFICO: CARRO DE BOI, de Nicolas Hallet


Ganhador do prêmio Walter da Silveira do XI Festival Nacional de Vídeo Imagem em 5 Minutos
Ao longe, no meio do sertão, um carro de boi passeia lentamente; suas madeiras rangem quase como música. O plano inicial de Carro de Boi é um cristal que traz consigo o filme inteiro: o signo entra, atravessa o quadro lentamente, até sair por completo. Se ele abandona o plano inicial, é para poder retornar durante todo o filme até quando, no último plano, desaparece dando lugar a casa da família.É assim que no decorrer do filme ele retorna enquanto trabalho - no labor da família -, enquanto brinquedo - nas mãos das crianças-, enquanto educação – na relação adulto/criança. O corte seco marca a relação entre estas facetas: os adultos que dilatam o ferro para fazer a roda do carro e a criança que afina um palito com um facão para fazer o seu carrinho de boi com restos de uma sandália.
Se o carro de boi enquanto signo atravessa todo o filme (que já estava insinuado no plano inicial quando ele atravessa todo o plano) é, também, para criar um cruzamento entre acontecimentos fazendo com que a brincadeira infantil venha a ser trabalho, com que o trabalho venha ser educação, com que a

 educação venha a ser brincadeira.
E não é preciso que nenhum personagem diga isso. O filme - talhado unicamente por imagens e sons - realiza uma bela descrição etnográfica do carro de boi no sertão nordestino. Carro de Boi consegue realizar um encontro entre a arte e a etnografia. Um filme simples carregado de sensibilidade.
Marcelo Matos de Oliveira


Cyntia Nogueira - Blog do Dez

17/12/2007

A premiação de Carro de boi, de Nicolas Hallet, primeiro lugar no festival, foi emocionante. Trata-se de um registro sensível do cotidiano de uma família que mora na região rural do sertão de Alagoas. Não sabemos mais que isso - e não precisamos. Se a câmera assume uma postura característica do documentário de observação, evitando qualquer intervenção, a montagem inscreve as imagens captad

as numa tessitura ficcional. A partir de uma fotografia primorosa - o primeiro plano, em que vemos o carro de boi passar, remete à clássica abertura de "O Cangaceiro" (1953), de Lima Barreto -, da economia de sons e da simplicidade de pequenos atos que se desenrolam à nossa frente surge uma insuspeita poesia. Não há diálogos, o sentido poético é construído através das imagens. Não é difícil entender porque esse vídeo, de enorme simplicidade, tenha agradado tanto ao júri. A principal tradição cinematográfica brasileira, aquela do cinema moderno, consolidado a partir do cinema novo, teve como uma de suas características mais marcantes esse namoro entre o documentário e a ficção. Naquela época, havia uma carência enorme de imagens sobre regiões consideradas distantes como o sertão e uma crença política na capacidade do "povo" de se revoltar contra sua situação de pobreza. O vídeo dialoga com essa tradição, mas numa chave diferente, talvez a única possível no contexto atual em que, ao contrário, dispomos até mesmo de um excesso de imagens sobre o tema e no qual, se pouca coisa se alterou no que se refere à precariedade da vida em tais regiões, as possibilidades de uma mudança via revolução do "povo" se mostraram limitadas por diversas razões. E da mesma forma, as potencialidades atribuídas, naqueles tempos, aos realizadores audiovisuais enquanto agentes desse processo de transformação da realidade, que se viam quase como missionários, devem ser repensadas. Em "Carro de boi", a precariedade da vida desta família de Entremontes aparece, mas a partir de um olhar não-idealizado que foge tanto do cliché do filme de denúncia sobre a pobreza do sertão quanto do encantamento quase exótico que muitos vídeos focados nesses espaços demonstram por seus personagens. E também não está no plano longo de um tempo supostamente real que captaria o ritmo de vida dessa família. Mas justamente no poder de sugestão das imagens: o plano do pai cortando a palma habilmente no batente da casa é seguido por outro praticamente igual, mas agora com garoto tentando executar, tateante, a mesma ação com uma pequena faca. A brincadeira de carro de boi das crianças sugere a importância deste no imaginário, no sustento e manutenção de um modo de vida. Há espaço para a poesia. E a idéia de imutabilidade é apenas sugerida. O sentido é aberto. Impressionante o quanto se pode dizer sobre um vídeo de 5 minutos - e mais ainda o quanto um vídeo pode dizer em 5 minutos. E, claramente, é fruto de uma experiência acumulada e de um olhar de grande sensibilidade. Belíssima premiação. O júri acertou em cheio. Cyntia é jornalista e mestre em cinema pela Universidade Federal Fluminense


NICOLAS HALLET é belga e reside no Brasil desde 1998. Fotografo, técnico de som e realizador de documentários, estudou Cinema e Vídeo na Academie des Beaux Arts de Bruxelas na Bélgica, trabalha em curtas e longas desde 1998. Hoje mora em Salvador, BA.


Som Direto

Operador de Áudio do Curta metragem "Brennand, de ovo omnia", em super 16 mm , dirigido por Liz Donovan , em 2001, melhor som do II Festival CinePE de Recife .

Fotografo Still (6000 fotos) e operador de Áudio, da série de 12 media metragem documentário "Nordeste feito a mão", em Betacam digital, dirigido por Hilton Lacerda, Adelina Pontual e Isabela Cribari , no Nordeste Brasileiro, em 2000 e 2001.

Operador de Áudio do Longa metragem "Esses Moços", em 35 mm , dirigido por Araripe Jr. , em 2002.

Operador de Áudio, do longa metragem documentário "Children of the amazon", em DVCam, dirigido por Denise Zmekhol , em Mato Grosso , Rondônia e Parà , filmado em 2002.

Operador de Audio du filme “Entre Parede” de Eric Laurence, 35 mm, Pernambuco, melhor som do festival cine Ceara 2005

Operador de Áudio do Curta metragem “Fuloresta do samba” de Marcelo Pinheiro, PE, digital, 2005

Operador de Áudio do Curta metragem "Rapsódia para um homen comum", 35mm, de Camilo Cavalcante,PE, 2005.

Operador de Audio du curta-metragem “Na terra do Sol” de Lula Oliveira, 35 mm, Bahia 2006

Operador de Áudio do Curta metragem “No Rastro do Camaleão” de Eric Laurence, PE, 2006

Operador de Áudio do Curta metragem “Batatinha e samba oculto da Bahia” de Pedro Abib, BA, 2006

Operador de Áudio do longa metragem documentário “Os Negativos” de Angel Diez, Digital ,BA, 2006

Operador de Áudio do Curta metragem “Piruetas” e “Marionetes” de Haroldo Borges, 35mm, BA, 2006.

Engenheiro de som do CD “Forro Acustico” gravado no Nordeste brasileiro, dirigido por Damien Chemin e Distribuido por L’Autre Distribution de Paris, 2007.

Operador de Áudio do longa metragem documentário “KFZ1348” de Gabriel Mascaro e Marcelo Pedroso, Digital, Recife, 2007

Operador de Áudio do longa metragem documentário “Circo Pindorama” de Lula Queiroga, Léo Crivellare e Roberto Berliner, RJ e PE, 2007.

Operador de Áudio do Curta metragem “O muro” de Tião, 35mm, PE, 2008

Operador de Áudio do longa metragem documentário " Estrada real da cachaça" de Pedro Urano, RJ, MG, 2008, Seleção oficial do festival de Locarno.

Operador de Áudio do longa metragem, " Tudo me parece um sonho", Geraldo Sarno, BA,PE, Venezuela, 2008.

Engenheiro de som e Mixagem do CD “Cantos sagrados Ikpeng” gravado na reserva indígena do Xingu, Produzido por Vídeo nas Aldeias, PE, 2008.

Engenheiro de som do CD “Tore, som sagrado” gravado na aldeia Kariri Xocó, Produzido por Thydewa, AL, 2008.

Ministrante da oficina de captação de áudio e Desenho de som na Fundação Joaquim Nabuco, coordenada pelo CANNE, Recife, PE, 2008

Ministrante das oficinas de captação de áudio e Desenho de som, coordenada pelo CANNE, nas cidades de Aracaju, Natal, João Pessoa e Fortaleza, 2008.

Ministrante das oficinas de captação de áudio e Desenho de som, coordenada pelo CANNE, nas cidades de Maceio, Rio Branco, Belém e Salvador, 2009.

Operador de Áudio do Doc e da gravção do CD " Reisados nos assentamentos ", de Ives Albuquerque, Fortaleza, CE, 2009.

Operador de Audio do curta “Azul” de Eric Laurence, 35 mm, PE, 2009. Melhor Som Festival de Brasilia

Operador de Audio do curta “Ave Maria ou Mãe dos sertanejos” de Camilo Cavalcante, 35 mm, PE, 2009. Melhor Som Festival de Brasilia

Operador de Áudio do longa metragem de ''Isla Dawson" de Miguel Littin; longa, Ficção, 35mm, Chile, 2009.

Operador de Áudio do longa metragem, 35mm, “Pau Brasil“ de Fernando Bélens. BA, 2009.

Operador de Áudio do longa metragem, 35mm, “O homem que não dormia“ de Edgar Navarro. BA, 2009



Direção de Fotografia

Co-director de fotografia do curta metragem "Fato" , em 16 mm, dirigido por Jairo Eleodoro, na cidade de Salvador , em 2000.

Co-director de fotografia do curta metragem "Horizonte vertical" , em 16 mm, dirigido por Lula Oliveira, na cidade de Salvador , em 2000.

Director de fotografia dos curtas metragem "Barbearia Ideal" e "Capitália" , em 16 mm, dirigido por Danillo Barata, na cidade de Salvador , em 2000 e 2001.

Diretor de fotografia do media metragem documentário "Tambores do Corpo" dirigido por Janaina Marques, em digital, na cidade de Fortaleza em 2002.

Diretor de fotografia do media metragem "Arte na Cidade", em digital, dirigido por Danillo Barata , em Salvador, 2003.

Diretor de fotografia do DocTV “Irmãos do mundo” de Sebastian Gerlic, 2004.

Diretor de fotografia do curta-metragem “Imagens do Xareu” De Marilia Hughes em 2006. Finalizado em 35mm.

Diretor de fotografia do curta-metragem ''A infância de Anastácia'' , de Claudio Marques Marilia Hughes, documentario, digital, 2007.

Diretor de fotografia do documentario “O Guarani” .De Claudio Marques, digital, 2007. Finalizado em 35mm.

Diretor de fotografia do documentario “Xukuru” de Marcilia Barros, Digital, 2007.

Diretor de fotografia do longa-metragem “Batatinha, Poeta do samba” De Marcelo Rabelo, Ba, 2008.

Diretor de fotografia do DocTV "A visão de dentro" de Sophia Midian, documentário, digital , BA 2009.

Diretor de fotografia do curta-metragem “Nego fugido” De Marilia Hughes e Cláudio Marques, Ba, 2008. Finalizado em 35mm.

Diretor de fotografia do longa-metragem " Cantador de Chula" de Marcelo Rabelo, digital, BA 2009

Diretor de fotografia do curta-metragem “Carreto” De Marilia Hughes e Cláudio Marques, 35mm, Ba, seleção oficial do festival de Brasilia 2009


"O homem que não dormia"
novo longa-metragem de Edgard Navarro, cineasta baiano, rodado em Igatú, Chapada Diamantina, Bahia.